sábado, dezembro 31, 2005

Fim de ano

Sinto-me cada vez mais sóbrio, mas sinto que há a possibilidade de estragar tudo esta noite.
Pela regra de Aristovic se puseros dezanove pastilhas a fomar um círculo e pegarmos fogo sete moscas restará uma vida diferente que só pode fica inalterada se três planetas do sistema sola estiverem alinhados e aquilo que chover tiver um ph inferior 3. Quanto às crianças, podem ficar em casa a ver televisão, tirando uma escolhida aleatoriente que terá de ficar a mascar as pastilhas e outra que terá de segurar nas toalhas húmidas que serõ sempre necessárias.

sexta-feira, dezembro 30, 2005

Dias difíceis

A Dr Genoveva Cerelac não quer que eu perca tempo nisto, por isso estou aqui sem ela saber.
Ontem conhecia duas amigas dela, a Mafalda e a Emília Amélia. A segunda teve um bébé há dias e a primeira dizia, como quem não quer nada, tratar-se de um recém-nascido.
Ontem também foi um dia importante, pois comi um pêssego depois de um jejum de uma semana.
Já hoje encontrei dois ouriços cacheiros a saltar à corda dentro de uma panela de pressão!
Ok... estava a brincar... Hoje passei o dia na cama.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Também posso falar das minhas prendas?

Ora bem, eu tive um Natal muito feliz na companhia do meu carro, do meu rádio e da Dr. Genoveva Cerelac.
Ofereci-me coisas boas como uma escova de dentes, outra escova de dentes e um fantoche do Presidente dos Estados Unidos.
A Dr. Genoveva deu-me uma malinha para colocar a dentadura. O que eu lhe ofereci é segredo.
Ela diz que me vai tratar, mas que isso precisa do seu tempo. É possível que durante o tratamento eu despeje menos entulho por estas bandas. Espero que compreendam. Umas boas entradas!

sábado, dezembro 24, 2005

Uma história de Natal

Era uma vez um coelhinho que só tinha um dente. Esse coelhinho era muito triste porque só tinha um dente. Uma vez até tentou roubar um dente a um amigo, mas aquilo correu mal e ele foi castigado.
No Natal ele pediu que lhe dessem um carro telecomandado e um dente. Estava ansioso por esse dia! Quando chegou a meia noite, foi abrir as duas prendas que tinha debaixo da árvore de Natal...
A primeira era um carro telecomandado e a segunda era um pijama. O coelhinho ficou muito contente, porque São Nicolau tinha ouvido o seu pedido, e tinha-lhe oferecido um carro telecomandado!

Sede

Hoje estava com sede e fui à fonte.
Estava lá um javali que me disse olá.
Eu respondi que não, obrigado.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Longa caminhada

Preciso de fazer uma caminhada. Uma daquelas em que se fica com os pés a doer e se encontram veados.
Um dia perdi-me no meio da Serra e encontrei um veado que por acaso foi bastante simpático! Levou-me a casa dele onde tinha cerveja no frigorífico. Vimos televisão e dormimos juntos. De manhã ofereceu-me iogurte e pêssego em calda e indicou-me o caminho de volta. Foi triste a despedida, mas teve de ser. Afinal de contas, pertencemos a mundos diferentes...

Osvaldo rima com caldo

Maria rima com bacia, mas a bacia não mia. Os gatos sim, miam! E rimam com ratos que comem ao pequeno-almoço, que por sua vez rima com osso, que também é comido pelo cão. Este ladra e por vezes toma conta da cabra de um parente meu. É o Osvaldo e tem uma quinta no Alentejo.

Uma velha arca...

O mais giro de se vasculhar a casa é, sem dúvida, repintar armários sujos. No entanto hoje, ao executar esta tão minunciosa tarefa, encontrei uma velha arca, cheia de riscos de giz, e de sangue humano (de velha, provalvelmente). Abri a arca. E não é que encontrei o Idízio?. Quem é o Idízio?. Passo a explicar.
O Idízio era um cozinheiro, muy conhecido por estas redondezas. Um dia, reza a lenda, morreu comido por um estivador. Ok, mentira, fui eu. Só restaram ossos, e alguma medula óssea, também. Conservei os restos mortais deste grande cozinheiro em sangue de cabra, dentro desta velha arca. Velha porque é feita de pele de velha, obviamente.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Gafanhoto poeta

Hoje estava numa mesa do café a pensar na vida quando passou um gafanhoto poeta. Fiquei a olhar para ele, porque há já muito tempo não via um. Ele também olhou para mim e eu desviei o olhar. Mas ele reparou que eu tinha olhado para ele veio na minha direcção.
Disse:
Queria comer fruta
E fui à loja comprar fruta,
Mas a loja não tinha fruta
Por isso eu não comi fruta.
Perguntou-me de seguida se eu tinha gostado.
Eu engasguei-me e não fui capaz de dizer que não. Ele perguntou se eu tinha um pêssego, e após uma resposta negativa, continuou o seu caminho.
Lá vai o tempo em que havia bons gafanhotos poetas! Hoje em dia deve ser triste ser-se um deles...

terça-feira, dezembro 20, 2005

Duedes outra vez

Deve ser do Natal ou não percebo... Voltei-me a cruzar com duendes! Fugi, mas eles viram-me... Duas esquinas à frente apanharam-me e cumprimentaram-me! Até foram simpáticos, mas não gosto de gajos interesseiros.
Parece que alguns deles souberam que eu conheci o Dr Vítor e vinham pedir-me para ver se lhes arranjava uma consulta com ele.
Não sabiam era que o Dr Vítor havia morrido. Enfim... ainda me veio uma lágrima ao olho.
Os duendes são mesmo melgas e não me largavam. Acho que eles já não me querem fazer mal. Querem é a todo o custo que eu seja amigo deles.

Jorginho, o parvalhão

O Jorginho é um gajo parvo. Só pode... então mal sabe conduzir, mas está sempre a apitar aos cangurus que se metem à frente da trotinete dele. Parvalhão! Devia ter mais cuidadinho. Uma vez passou quase num vermelho, mas vinha um jacaré de frente que o fez ver do mal que ia cometendo. Há gente que não tem a mínima noção...

Gaivotas assassinas

As gaivotas assassinas não compram nada a prestações. Gerem as suas economias de forma cuidada e responsável.
Pagam sempre a renda que usam nas cuecas e não devem nada a ninguém.
São temidas por muitos ratos e peixes voadores, animais esses que preferem morrer sufocados a ser assassinados por uma gaivota.
Um dia via uma gaivota assassina a tentar fazer duas coisas ao mesmo tempo: saltar ao pé-cochinho e jogar playstation. Acho que não conseguiu, mas não fiquei para ver, porque estava atrasado para um concurso de linguas-de-gato.

Compras de Natal

Eu hoje comprei uma série de conservas fora de prazo- cliché máximo, sempre o mesmo rotineiro Natal. Mal saí da loja fui atropelado violentamente. Acham isto normal?

Homossexualidade

Estava eu, hoje no café, a conversar com um amigo meu, que é homossexual, mais uma vez, sobre temas banais (ventriloquismo em segunda-mão, possessões satânicas, enfim, o trivial do comum), quando resolvi deixar-me de merdas e colocar-lhe a seguinte questão: "Como é que tu podes gostar que te enfiem pilas pelo cu acima, hein?!?". Ele ficou chocado, eu pensei naquilo que havia dito, e reformulei a questão: "Pilas no cu, como podes gostar de tal coisa??!!??". Aí ele respondeu, "André, para nós, mariconços de merda, levar no cu é tão normal como beber um copo de água". Não fiquei satisfeito com a resposta.
Por conseguinte, mandei vir para a nossa mesa um copo de água. Quando este chegou, obriguei o meu paneleiro amigo a bebê-lo. Ele bebe a água. Depois ficámos a olhar um para o outro.
Conclusão: ele bebeu o copo de água.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

A história da minha vida (parte 1)

Estava eu na terceira classe, já todos suados, até que o professor de Ubuntu nos deixa sair para o intervalo. Uma escola como as outras? Um intervalo como os outros? Tinha uma boa pintura em todo o telhado, porem situava-se à beira dum penhasco, e o intervalo , era, não um intervalo temporal(10m), mas sim, espacial, um bocado de terreno (27cm), que estava entre a escola e o abiiiismo.

"És bom demais dizia eu ao professor ao som da campainha, já com uma lagrima a ir para o canto do olho".

Nunca me vou esquecer dos bons momentos que tive nessa escola, a escola da vida, momentos esses que vos vou contar.

Injustiças

Os trapezistas vegetarianos precisam de emprego. Principalmente nos dias de hoje em que só se explora o trabalho de técnicos de electrodomésticos e informática obesos e de qualidade duvidosa.
Um trapezista também é gente e lá por não promover um espectáculo onde sejaM derramadados vários litros de sangue, ele pode morrer ou ficar com problemas graves para o resto da sua vida. E é por isso que os trapezistas vegetarianos promovem um espectáculo de qualidade e, não só devem ter emprego, como devem ainda ter um seguro interessante. Têm ocorrido alguns assaltos, supostamente da autoria de trapezistas, no entanto tenho as minhas dúvidas, pois eles são pessoas de bem, que só pretendem saltitar e trepar cordas, enquanto vestem roupas justas. Ah! E se tiverem tempo para rapar os pêlos do peito, axilas e bochechas podem ver um sorriso que vai da orelha direita à parte superior da bochecha esquerda.
Espero que todos os empregadores vão para casa ou fiquem em casa a pensar neste problema da sociedade actual. A sociedade actual agradece a todos excepto ao que pensam que texugos quadrupedes e intelectuais são a o caminho a seguir a curto prazo.

domingo, dezembro 18, 2005

Ananases

Qual a diferença entre um ananás vadio e um ananás de topo?
O ananás vadio normalmente não faz a barba, cheira mal ou a água-de-colónia espanhola, sabe a ananás em calda, mas dura muito tempo aberto. É um ananás que crava tudo aquilo que pode, mas que é algo egoísta. O seu objectivo é viver dos subsídios e conseguir misturar-se com o máximo de papaias, kiwis ou mangas possíveis. Não sendo mentiroso, gosta de omitir algumas verdades. Não gosta de pêssego.
Já o ananás de topo está sempre todo aprumado, sabe ao melhor ananás de sempre (ou não fosse de topo), mas dificilmente se conserva. Uma vez aberto, há que consumi-lo por completo, ou então dar de comer aos porcos o que sobrar. Este ananás caracteriza-se por ser uma pessoa algo inacessível, considerado por alguns mesmo antipático. Quando se encontra muito tempo sozinho, adquire tendências suicidas. Não gosta de pêssego.

Ressaca

Hoje estou de ressaca. Não devia ter bebido tantos copos de sangue de padeiro, ontem.

sábado, dezembro 17, 2005

O que me recordo das últimas 24 horas

Os cães mijam? Dizem-me vocês que sim e até o fazem com uma perna para o ar. No entanto isso não passa de uma ilusão: os cães não mijam... enchem e depois engravidam!
Já no que concerne a ervilhas, estas também não mijam, por serem basicamente vegetais verdes, redondos e pequenos.
E um cão a jogar matraquilhos? Quatro cães a jogar matraquilhos! Se mijassem jogavam com uma pata no ar. Tendo em conta que as outras duas estavam a jogar, um cão jogaria matraquilhos numa só pata.
E será que um cão jogava matraquilhos com uma ervilha? Ou com um pêssego? Tudo se resume ao seguinte: a ervilha é muito pequenina e o pêssego não cabe na baliza e além disso ficaria bastante pisado.
Falei com um cão que tinha ido a um concerto e me disse: "Havia lá um gajo que tocava bem baixo. Baixinho mesmo! Não só de joelhos, mas às vezes até mesmo debaixo do palco!". Não percebi.
Depois ouvi um cão a falar sobre um jogo de futebol que ainda não tinha começado, mas as bancadas já estavam a ficar com postas de bacalhau, pescada e salmão.
Belo dia. Só me queria lembrar de mais coisas...

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Momento de poesia

No meio da multidão
Os velhos cospem para o chão,
Os coelhos vestem seroulas
E a água escasseia.

Dois passarinhos deram a mão
Enquanto o entulho adormecia,
Mas os pêssegos cairam ao chão
E a relva estava fria.

O arroz quer-se solto
E o gato já não pia
É este o triste fim
Desta minha poesia

Ganhar ou perder

Pensei um dia que era alguém e nesse dia ganhei uma coisa: um subsídio de desemprego.
Não é mau de todo, mas acho que se fosse possível voltava atrás.
Ganhar nem sempre é bom e perder nem sempre é mau.
Apesar de muita gente e quase gente defender que o melhor é ganhar, ganhar é que é o melhor e que nunca perderam na vida, se pensarmos bem, a questão acerca de "é melhor ganhar ou perder" depende daquilo que se ganha e daquilo que perde.
Também há aquelas rifas em que todos ganham, mas uns ganham mais do que os outros. De qualquer forma já haviam perdido o preço das rifas!

Poluição

Gajos vaidosos inspiram fumo do tubo de escape de carros caros e vistosos. Gajos parolos snifam fumo de tubos enormes e em paralelo de carros tuning enquanto têm camisolas com folhos cor-de-rosa.
Há quem faça isso tudo com uma perna às costas.

Quatro nomes de pessoas anónimas

1- Clara dos Pintos

2- André Artur Viegas

3- Yougur Malícias

4- João Maçã "com queijo" Rebelo Martins

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Mercearia

"Uma vitória!" Disse-me um dia o meu pai. "Mais uma! Estamos no bom caminho" não se calava. Estava mesmo feliz. No entanto eu queria era ver acidentes de carros de corrida na televisão. Havia um gajo que tinha o carro vermelho com publicidade amarela que deitava pregos pela janela e os outros lixavam-se. Um dia aquilo até correu mal e ele partiu uma perna. Morreu num acidente de helicóptero há uns meses. Mas já ia numa idade avançada. O irmão dele era médico e tinha duas cabeças. No entanto só usava uma. Dizia em muitas entrevistas "quando a outra se gastar, tenho a suplente!". Um dia ficou sem cabeça e sabem que mais? A "suplente" não ia à revisão há uns largos anos. Lixou-se... ainda viveu umas duas ou três semanas sem cabeça, mas não aguentou a humilhação e acabou por se suicidar com um tiro no pé (as pessoas que não têm cabeça, morrem com um tiro em qualquer parte do corpo). Deixou um filho que se afastou do mediatismo. Casou com um homem e mudou de nome. Depois casou com outro homem e não mudou de nome. Hoje vive com a mulher e os filhos (dois e três anos) na Flórida. Nunca conhecerão o avô...
Bem, tenho de ir comprar massa verde e leite ali a baixo.

Operação pacote

Fui incunbido de uma tarefa. Vou ganhar uns trocos. Faço parte do corpo destacado para uma missão secreta, da qual só tenho conhecimento da tarefa que me cabe completar:
Ir aos correios, olhar para o Apartado 3246 ao mesmo tempo que tento tirar uma senha que estará no Apartado 3243 e que coço o nariz com a língua. Essa senha dar-me-há o direito a uma encomenda secreta, que vou ter de meter na mala do carro ao pontapé, e deixá-la lá ficar durante 1 mês e uns dias. Por essa altura a encomenda terá crescido e ganho maturidade para ser entregue ao próximo agente secreto.

terça-feira, dezembro 13, 2005

Natal é quando o homem quer (e a mulher faz doces)

Medo, sede, anorexia. São três palavras que não têm nada a ver com Natal.
Já diz uma velha profecia que polícias sinaleiros durante a hora da comida é mau sinal e independentemente de ser de proibição ou informação deve ser tirado porque pode ser maligno. Um abre-latas já dá mais jeito, mas fere a vista. Pelo menos quem vê mal ao longe, mas para esses há sempre a terceira alternativa.
O topo é sempre o mais cobiçado, mas a cobiça é um pecado mortal, logo convém dar os passos com cautela, não vá começar a chover ancinhos. Quando era pequeno tinha um acinho, nem eu sei bem para quê. Acho que fazia buracos na terra com ele... enfim... crianças!
"A varanda não está à venda, só se comprar o resto da casa", dizia o alentejano. Mas dizia aquilo em Alentejano, porque só sabia falar assim. "O pêssego está na fruteira, mas ainda o vou comer!" continuava. Tinham uma rica vida... Já o mesmo não pode dizer o elefante preto, mas a culpa é unicamente dele, porque ninguém o obrigou a seguir aquele ramo escorregadio.
Tudo isto para perguntar quanto custam 200 litros de neve. Obrigado.

Peixe-baleia

A baleia é um mamífero, mas o mesmo não se passa com o peixe-baleia. O peixe-baleia é um peixe. É igual a uma baleia, mas não é mamífero. Tem aquele repucho e tudo, mas respira por guelras e tem escamas. Eu gosto do peixe-baleia. No entanto o peixe-baleia não gosta de mim. Nem sequer sabe que eu existo...

Fui raptado por duendes

É verdade... há alguns dias (perdi-lhes a conta) adormeci à sombra do Sol e isso fez-me mal. Fiquei cheio de dores de cabeça que desmaiei.
Quando acordei estava a ser transportado por umas criaturinhas vestidas de verde e uma de cor-de-rosa que cheiravam a substâncias ilícitas. Quando me viram a abrir os olhos, perguntaram se eu queria a cena. Eu disse que não e um deles deu-me um pontapé na cara e depois deu uma bofetada nele próprio.
Essas criaturinhas eram nada mais nada menos que homens em ponto pequeno (entre 17 a 20 polegadas de altura), com as orelhas bicudas, uma cauda à Son Goku, um boné verde, um casaco verde, umas All Star verdes e nao usavam calças nem calçoes. Alguns tinham uma bolsa à volta da cintura.
O duendes levaram-me para uma agência de viagens onde trabalhavam. Eram altamente explorados pelo patrão (que não cheguei a ver) que os mantinha a trabalhar 20 horas por dia (parece mais grave ainda do que é, mas um duende só precisa de dormir em média 2 horas por dia).
Esses duendes trabalhavam como escravos. Era papel para aqui, papel para ali, cafézinho para acolá, figura de parvo sei lá para onde... às vezes iam distribuir folhetos ás caixas de correio das pessoas e outras vezes tinhas de limpar a retrete! Imaginem só um duendezinho de 18 polegadas a limpar uma retrete com um piaçá que tem o seu tamanho... é triste!
Eu estava todo atadinho, encolhido debaixo de um balcão. A única coisa decente que vi foram as pernas de uma cliente.
Raramente vi a luz do Sol. Alimentavam-me quatro vezes por dia, mas com ração de duende, que é basicamente flocos de aveia com um pêssego e uma uva. Até se come, mas não chega para alimentar um animal como eu...
Os duendes peidavam-se à hora da refeição e riam-se. Ontem ao jantar peidei-me também e eles soltaram-me! Serei um peido?
Não me disseram uma palavra e largaram-me na rua.
Quando estava a voltar para casa, vi que um deles tinha vindo a correr atrás de mim para me dar um folheto com 30% de desconto num cruzeiro pelo Báltico. Os duendes são pequeninos, mas correm bastante! Embora um homem, sem se esforçar muito corra mais que um duende, a razão entre a velocidade maxima e o comprimento das pernas de um duende é cerca de 3 vezes superior há de um homem.
Quando voltei a casa comi uma bela de uma refeição: três pães com sola molhada um suculento molho daqueles que é só misturar água e aquecer, que comprei no caminho para casa.
Obrigado vida, por me teres salvo daquelas coisas verdes!

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Pêssegos e lâminas de barbear

Pensam muitos que as duas coisas referidas neste título não estão minimamente relacionadas. Ora enganam-se!
Um pêssego tem pêlo! Ou então estavamos perante uma nectarina (vade retro!)... Ora, a primeira coisa que um pêssego apresentável faz ao acordar, depois de dar o belo do peidinho ultra-sons, é pegar na sua lâmina e aparar os pêlos.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

A vida num frigorífico

Ontem estive a ajudar a D. Esmeralda Vaz a fazer mudanças. Quando estava a transportar o frigorífico fiquei enjoado com o cheiro que ele emanava que o deixei cair... a porta abriu-se e sai de lá uma nectarina a dizer que o pêssego era um banana. Este nem pensou duas vezes e mandou-lhe um pêro em cheio nos marmelos. A nectarina respondeu de seguida com um pontapé nos tomates e um murro na maçã de Adão do pêssego que deu de frosques a coçar a pêra. Ficou-lhe cá com um melão...

Pêssegos podres?

No outro dia estava a descascar um pêssego e o Aníbal disse-me que estava podre. Eu disse-lhe que era pisado. Ele insistiu que era podre. Eu voltei a dizer que era só pisado. Ele continuava a dizer que o pêssego estava podre. Ficamos nisto três ou quatro horas. Até que ele cedeu, porque estava na hora de jantar. De qualquer forma eu já tinha comido o pêssego.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Cotonetes cor-de-rosa com rádio incorporado

Ora bem, muitos clientes me têm falado sobre este tema, e cada um tem a sua opinião...
Uns dizem que gostam de cotonetes azuis porque fica bem com as calças, outros também preferem azuis mas é porque não gostam do Belenenses, outros apesar de gostarem de azuis preferem castanhos ou amarelos com uma estrelinha. Depois, o cor-de-rosa tem muito que se lhe diga tipo coiso.
Agora o rádio pode dar muito jeito em muitas situações mas penso que já há maluquinhos que chegue para cortar a relva todos os dias e dar de comer aos filhos só dia sim, dia não, porque aos outros estão a descansar e os filhos também sabem o que fazer. Depois também temos auto-rádios feitos na China. E na China também se fazem outras coisas.
Concluindo: eu diria que cotonetes cor-de-rosa ainda vai que não vai, mas agora o rádio era melhor calçar chinelos desportivos. Até porque estou mais numa de porta-chaves e canivetes suíços.

Lesma Assassina

Estava a comer um pêssego no banco do jardim da minha avó. De repente esse pêssego já não era um pêssego, mas sim uma nectarina... comecei a cuspir por todos os lados e cada vez tinha mais água à minha volta.
Olho para trás e vejo um camaleão que me pergunta "que horas são?" e quando vou para responder, o camaleão era um entregador de pizzas que trazia um frasco de polpa de tomate. Ignorei-o. Quando voltei a olhar para a frente o entregador já estava ali a perguntar "queres? queres?".
Fugi e de repente aquilo que comçara por ser o jardim da minha avó era uma mina de carvão e eu queria sair dali... mas o entregador de pizzas seguia-me.
No meio da fuga encontro o Dr. Vítor Nemésio que me diz "estás a precisar de descansar!". No entanto ele acaba por se transformar no entregador de pizzas que não pára de dizer "queres? queres?". Chego a um beco e só oiço "queres? queres? queres? queres?" O entregador de pizzas parece que me tinha apanhado... no entanto ele deixa cair o frasco de polpa de tomate ao chão e de lá dentro sai sangue e mais sangue... Dou-lhe um empurrão e consigo escapar, mas oiço um vidro a partir. Olho para trás e o entregar fizera-se em cacos. Quando volto a olhar para a minha frente vejo uma lesma gigante e começo a escorregar em algo viscoso. Não consigo sair dali... estou morto...
Quando estava prestes a ser comido acordei sobressaltado.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Fotos do coelho-raposa no seu último dia de vida

Parece que os cientistas leram o blog e foram logo procurar o coelho-raposa.
Ver notícia aqui

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Coelho-raposa

Hoje estive a ler acerca do coelho-raposa. O coelho-raposa é um mutante criado por uns laboratórios Soviéticos secretos em Minsk durante a Guerra Fria. Este mutante foi criado para propósito não divulgado e uma das poucas coisas que se sabe a seu respeito é que não dura mais de 1 dia vivo.

domingo, dezembro 04, 2005

Geração de 83

É estúpida. Nem sei porque digo isto. Mas parece-me ser uma geração idiota. 83. Um número ímpar. É quase, e disse quase!, nojento. Pelo número parece-me ter sido um ano em que nasceram pessoas com nomes estranhos. Sei lá, João André Tropas. De certeza que hei-de falar com um indivíduo de 22 anos com este nome.

2 da manhã- acordei agora de um sonho, em que um tipo chamado Umberto Carlos me perseguia com uma flauta. Ando a ter sonhos estranhos.

sábado, dezembro 03, 2005

O flagelo da droga

Horácio onde estás? Horácio, sinto a tua falta! Horácio... porquê?

Os velhos tempos, parte 2

Uma vez uma senhora africana, mais propriamente dos Camarões veio ao meu consultório. Era boa, mas feia de cara. Tinha um cagalhão preso no feto e tinha que ser operada com urgência. Mas eu entrei num impasse, pois não sabia se havia de fazer uma operação camarão ou uma operação cagalhão.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

Mudar o mundo

Imaginem que um dia por mais improvável que seja e mesmo ridículo, um pêssego pode chegar ao topo. Não ao topo de uma árvore, mas sim ao topo de tudo. Tornar-se famoso em todos os cantos do mundo ou mesmo dominá-lo por outros meios.
Falo em outros meios, porque não é preciso colocar a questão a muita gente para saber se votariam num pêssego para governar o seu país. A esmagadora maioria (e não todos, porque há sempre os engraçadinhos e os bêbedos) diria que não!
Ora, e ainda que a maquilhagem faça milagres, para um pêssego chegar ao topo, o mais provável seria ser através da força e da imposição de ideias e não da forma propriamente mais democrática.
Bem... não custa assim tanto imaginar! E agora...
Será que isso ia tornar o Mundo um sítio melhor para se viver?? Será? Na minha mais singela opinião, creio que não, mas isso não passa de uma mer(d)a opinião pessoal! Há quem defenda que sim, apesar de não fazer nada para chegarmos a esse ponto. Mas isso são outras histórias.
Portanto tenham atenção e não maltratem mais nenhum pêssego a partir de agora. Quem sabe não estão a descascar o próximo Presidente do Mundo?

fumi-fumi

Os três maiores problemas da sociedade actual: droga, terrorismo e fumi-fumi.
Há quem diga que o terceiro veio de França e quem diga que foi de outro planeta que ele chegou. A verdade é que está aí para ficar. Quem nunca fumi-fumi? Ninguém! Onde não há fumi-fumi? Em lado nenhum! O que é pior que fumi-fumi? Aalitsabé, mas isso é outra história.
O Sri Lanka é provavelmente o país com menor índice de fumi-fumi, enquanto a França está no topo da lista. Apesar de em Portugal os números não serem dos mais elevados é preciso começar a combater o mal pela raíz, por isso, incentiva-se a população a arrancar tudo quanto for ervas daninhas e começar a alimentar as crianças com pêssegos. Aliás, todas as famílias com crianças menores de 16 anos deveriam receber um saco de pêssegos todos os meses. Outras medidas passam pelo kg, ha e dm.
É possível que haja novas propostas num futuro próximo.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Malaquias

Nunca me esquecerei do meu primeiro colega de carteira na escola primária. Chamava-se Malaquias e tinha um dente da frente partido. Usava uns óculos muito grossos e comia cenouras ao pequeno-almoço e espinafres ao lanche. Gostava de brincar aos índios e aos cowboys ou então aos delineadores de planos misteriosos que metessem palha à mistura. Eu não gostava dele, porque ele costumava cheirar a sopa. Mas era o meu único amigo. Quer dizer, além do Barnabé, do Horácio (paz à sua alma), do Vítor (não o Dr.), do Heitor, do Fernando e da Josefina. Só que esses eram mais velhos.
Foi o Malaquias que me ensinou a diferença entre pêssegos e nectarinas, no entanto houve um dia de aulas durante a minha 4ª classe que o Malaquias faltou. E voltou a faltar no dia seguinte. E no seguinte. Nunca mais o vi e não sei o que é feito dele.

PS (com uma lágrima no canto do olho): Malaquias, se leres isto, diz qualquer coisa, pá! Espero que não tenhas contado o nosso segredinho a ninguém fofinho ;)

Um pêssego na Volta a França

Gostava de ver como o povo em geral e a imprensa em particular reagiriam à vitória de um pêssego numa etapa da Volta a França em Bicicleta ou noutra competição qualquer de ciclismo. Seria algo completamente inédito! Mas ao mesmo tempo seria um problema bicudo... Afinal... os pêssegos não sabem ler, e creio que também não sabem falar. Seria complicado explicar-lhes as regras e fazer-lhes entrevistas. Além disso, se essa vitória lhe desse a camisola amarela, era necessário fazer uma especialmente com as suas medidas!
Claro que para um pêssego chegar a uma vitória destas precisava de uma grande equipa por trás e de alguém que acreditasse nele, portanto não penso que alguma vez venha a ser possível.

Anacleto e Evaristo

São dois ex-vizinhos meus cujo cão foi abandonado aqui na rua. Corriam boatos de que eram maricas e namoravam um com o outro.
No entanto, um dia a casa ficou à venda e eles deixaram de viver aqui. Ontem encontrei o Anacleto que me disse que queria ser Padre. Perguntei-lhe sobre o Evaristo e ele não respondeu. Insisti e ele perguntou-me pelo Joca. O Joca era o cão, disse-me ele depois. Eu voltei a perguntar pelo Evaristo. E ele perguntou-me pelo Joca. E eu perguntei pelo Evaristo. E ele pelo Joca. Nisto um carro buzina lá fora.

Os velhos tempos

Dr. Vítor, o homem que ficou famoso por ter curado o Nemo. Vitor NemoEsio sabe do que eu falo, pq na verdade falamos a mesma lingua, eu tambem sou Cirugião e sei como são as coisas... porque a verdade nunca sai para fora, é sempre abafada, nem que para isso tenha que haver sangue.

Todas as cirugias são operadas à porta fechada e depois joga-se um jogo que é "Vale tudo para salvar o morto", soluções criativas ganham mais pontos.

No outro dia tivemos que salvar um homem que já estava morto. Parecia um clichê tipo o que se vê nos filmes "chamar os bombeiros para ir tirar o gato de cima da arvore" mas nós não eramos muito de fazer filmes, iamos directos ao assunto, o importante era operar, não fazia mal se era só uma constipação, vale sempre apena abrir um gajo, afinal de contas estavamos nos anos 80, o auge da cirugia, eramos os reis, faziamos o que queriamos, uma vez caguei para dentro do ventre aberto dum idoso. Hoje em dia temos enfermeiras... que dizem "Não Não" assim que eu começo a baixar as calças.

Estupidas dum raio... não sabem nada, se estiver a operar e me der ao luxo de ir mandar a cagada ao WC o paciente pode morrer... nunca se deve tirar o olho do paciente.

Dr. Mogas revela-se finalmente

Acho que as pessoas que vão ao psicologo têm graves problemas de cabeça, e por isso deviam ir a um psiquiatra ou a um psicologo tratar disso.

Já as pessoas que, às 3 da manha, vão ao comer cachorros ao psicologico têm fome e deviam ir a um psiquiatra, mas estao apenas a fazer tempo à espera que eles abram. Abrem às 9.

Toda esta historia de sair à noite e ir foder gajas é tudo mentira, o que se passa é mesmo ir comer cachorros às 4 da manha à espera do Dr. Mogas que tem um estetoscopio do tamanho duma cena grande e enfia-te aquilo pelo cu e diz-te, num tom de voz que todos os psicologos têm: "Fale-me mais de você.." e voces enquanto têm o falo no cu dizem "já falo, já falo"

Aprender a ler

Um carteiro tem sempre muitas historias para contar, isto porque um carteiro lê muito, convem ler as cartas antes de as entregar pois algumas podem ter coisas escritas.

Hoje li e descobri que:

Inicialmente, a serie dos "X Files" era para se xamar "X Folder", starring Dana Scully e Fox Folder... relatava a historia de dois detectives que estudavam casos para anormais tipo putos assustados a dizer "I see hidden Files"... porem teve 9 seassons, mas porem, nunca conseguiam recuperar os dados do disco, chegava sempre a um ponto de "esta quase, esta quase" mas estava quase e por isso nunca conseguiam...

Apresentações

olá