quarta-feira, novembro 30, 2005

Vamos lá ver como é...

...a Arca de Noé!
É verdade! No outro dia estava num café a beber uns copos quando o Octávio começou a cantar esta bela (merda de) música. Eu sabia que já tinha ouvido aquilo em algum lado, mas lembrava-me de pouco, por isso perguntei-lhe de onde era a música. Ele respondeu que não tinha bem a certeza mas que ia pensar.
Ele pediu mais um copo e uns tremoços. Perguntou se eu também queria, mas eu disse que não. Nisto passa um gajo de mota a fazer um barulho insuportável. Raio do gajo... Havia de cair e partir a mota!!!
Juntamos as peças e ambos acreditavamos que a música que o Octávio estava a cantarolar se tratava da música de um antigo programa de televisão sobre animais e perguntas. Contudo, tanto eu quanto ele tinhamos apenas flashbacks pouco definidos do programa.
Fomos ao psicólogo, que nos disse sofrermos do trauma Arca de Noé: este trauma afecta principalmente cidadãos Portugueses, e o primeiro caso conhecido terá cerca de 15 anos. Acredita-se que por essa altura o País terá tido a visita de uma entidade superior, vinda de outro planeta e que inseriu nas mentes humanas flashes que ainda hoje são dificeis de decifrar, todos eles acompanhados pela música. Os mais afectados por este trauma sonham à noite com animais que dançam aquela música aos saltos pelo seu habitat natural, enquanto várias perguntas sobre os mesmos animais são feitas e respondidas logo de seguida. De manhã os doentes acordam sorridentes, cheios de bada, a cantarolar a música e a pensar que existiu mesmo assim um programa! Parece que uma das curas para o problema passa por ver menos televisão, dormir com o corpo esticado ao máximo e comer mais pêssegos.
Paguei a consulta, mas acho que fui enganado. Só depois me lembrei que podia ter falado com o (Dr.) Vítor.

Fome de pêssego

Hoje sinto que conseguia comer dois ou mesmo três pêssegos!
No entanto a época dos pêssegos só começa na Primavera.
Creio não ser o único com esta vontade, dificilmente saciável: tudo aquilo que encontrar hoje ou nos próximos meses num supermercado denominado de "pêssego", por bom aspecto que tenha, deve ter um sabor semelhante a um monte de bosta ressequida ou, na melhor das hipóteses nem deve ter sabor. Há o pêssego em calda, mas nem se compara...
Que raio de direito têm os pêssegos? Nascer só em metade do ano? Já viram se toda a gente só trabalhasse metade do ano? Eu também queria...
Até estava a pensar em criar um movimento para obrigar esses preguiçosos e convencidos dos pêssegos a trabalhar, mas não estou assim com muito tempo disponivel.

Estático ou não?

Parece estranho depois de tantos anos... No entanto parece que está finalmente desvendado!
Digamos que uma morsa vive aproximadamente 60 anos, no entanto cada morsa não tem de viver exactamente 60 anos.

Noite

É bom pensar que enquanto dormimos que nem uns anjinhos, outros estão acordados a trabalhar e enquanto estamos nós acordados a comer pêssegos, outros dormem que nem uns anjinhos.
Quer dizer... não é assim tão bom quanto isso. Mas também não é mau de todo! Digamos que é.

terça-feira, novembro 29, 2005

Feijões

Não gosto de feijões. Nem nunca gostei, já que olham sempre para mim com ar superior.
Porém tenho lidado com alguns feijões que até são bastante simpáticos.
Acontece que devido às minhas experiências anteriores, não os tenho tratado da forma mais amigável.
Queria desde já deixar um sincero pedido de desculpas a estes feijões, de quem já quase me sinto amigo, e aos feijões em geral (principalmente aqueles que tratei que nem um pêssego podre e que nada fizeram para merecer tal tratamento).
É pena é a grande maioria dos feijões não saber ler. Fica a intenção...

segunda-feira, novembro 28, 2005

Novo animal

Hoje estava a dar de boleia a uma cliente um bocado gorda e meio cega (por isso não estou preocupado em escrevê-lo) quando ouvi na rádio que foi esta semana divulgado pelo Comité Científico Internacional a descoberta de uma nova espécie animal, pelos exploradores do Instituto de Biologia de Sereban, Malásia.
Este "novo" animal foi encontrado numa floresta tropical entre a Malásia e a Tailândia a resolver equações de segundo e terceiro grau e foi baptizado com o nome Malaio de Threzvirggulah Katorzekynzedoishnow mais qualquer coisa que não consegui decorar.
Os Pis (como os Europeus lhes decidiram chamar) alimentam-se sobretudo de pêssegos, mas também de enchidos como chouriços, alheiras e negrito e ainda de queijos caros. Passam a maior parte do tempo a fazer necessidades fisiológicas, mas acredita-se que consigam resolver integrais complexos, calcular limites e reproduzir-se.
Até agora ainda só foram vistos três espécimes dos quais não foi divulgado o sexo. Os investigadores do Instituto com a ajuda de outros cientistas, jornalistas, notários, enólogos, canalizadores, um presidente de câmara e quatro curiosos que viajaram até à Malásia esperam encontrar mais, ou então clonar os encontrados, de modo a vendê-los a Jardins Zoológicos e fazer muito dinheiro.

Uma pequena história

Era uma vez uma formiguinha que era amiga de outra formiga e de outra formiga ainda.
A formiguinha era preta e as amigas também. No entanto a formiguinha tinha uma diferença em relação às demais formigas. Era alégica ao amido!
A formiguinha não podia portanto comer pão, cereais, batatas, arroz, massa e grande parte de frutas...
Essa formiguinha acabou por morrer pisada por um ser humano muito mau, que nem sequer se preocupou em ter cuidado a ver onde apoiava as mãos enquanto colhia pêssegos num pomar, com a sua mulher e filhos.

domingo, novembro 27, 2005

Tudo na vida tem um pêssego?

Eis uma questão interessante que um cliente ontem me colocou. Não vou mentir e dizer que inicialmente não me deu tão grande vontade de rir, que quase me fazia despistar. No entanto, não foi preciso meditar muito mais para verificar que se trata de uma questão bastante pertinente.

Ora bem, afinal o que é um pêssego?
Não, não é só aquele fruto de que se faz um tipo de Iced Tea.
O pêssego é o único fruto que pode ser mais laranja que a própria laranja! O pêssego cheira bem! O pêssego é amigo dos seus amigos! O pêssego tem uma casca fofa! O pêssego tem um caroço com múltiplas utilidades! O pêssego tem um bico! O pêssego sabe bem! O pêssego também chora, mas fá-lo assumidamente! O pêssego...
Bem, o nosso amigo pêssego até esteve na origem da vida! Sim! O fruto proibido no jardim da Eden terá sido um simples pêssego! É impossível resistir a um pêssego...
Por tudo isto e muito mais, se tudo na vida não tem pelo menos um pêssego... então a vida também não tem interesse!

ATENÇÃO: É favor não confundir pêssego com nectarina.

sábado, novembro 26, 2005

Quem sou eu? [anexo]

Uns dias depois de ter dado boleia a Vítor, tive de transportar Arthur Mc.Aco, a pedido do primeiro.
Arthur Mc.Aco foi o meu primeiro cliente com identidade falsa.
Basicamente o seu verdadeiro nome é Artur Pancrácio, filho de Jeremias Dias e Ana Mariana Pancrácio. No entanto tem uma vergonha do tamanho de uma baleia assassina da vida que leva e ainda mais vergonha das vidas de seus pais, por isso adquiriu esta identidade. Apesar de tudo é meu amigo. Porquê? Não me compete a mim revelar...

...se bem que se visitassem o andar modelo era gajo...

Diarreia

Um conhecido meu estava hoje a conversar comigo sobre algo que agora não me recordo, quando disse que uma vez foi cagar ao mato, onde estava um pêssego que lhe disse: "És o meu líder!".
Gostaria de avisar os demais que é preciso ter muito cuidado com estes pêssegos graxistas que estão agora muito em voga: um dia chamam-nos líder e lambem-nos as sandálias, outro dia pedem-nos para os comermos porque são doces e sucolentos!

sexta-feira, novembro 25, 2005

Frio...

No outro dia dei uma boleia a um gajo que cheirava a Sopa de ervas... ou então era a cavalo.
Fiquei na dúvida, mas ele saiu antes de conseguir distinguir.
Ia para casa beber o conteúdo de umas garrafas que um quase cliente quase me ofereceu (tive de pagar os caixotes onde elas vinham) quando vi o Vítor vestido de esquimó.
Perguntei-lhe porque estava assim e ele disse-me que me queria comprar uns produtos de legalidade duvidosa. Respondi-lhe que D. João IV de Brangança casara com D. Luísa de Gusmão, e ele disse-me que ainda se lembrava quando a Manuela Moura Guedes apresentava o Telejornal na RTP1. Entretanto começou a dar o Greensleeves na rádio.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Crise existencial 3

Que seria das nossas vidas se os pais ratos explicassem aos filhos ratos que não devem comer aquela coisa colorida e apelativa que é o veneno, porque essa coisa os mata?

Semelhanças

Qual a semelhança entre um carneiro verde e um quadro renascentista com moldura de pinho?

...

O preço!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Poder de encaixe

Ter poder de encaixe é uma grande virtude. Talvez mesmo a maior virtude de todas.

Crise existencial 2

É lixado quando o nosso cérebro funciona a uma velocidade muito superior às nossas mãos a escrever... Não devia ser permitido!
Já imaginaram se estivessem num super-mercado com a necessidade de fazer muitas compras e o carrinho andasse depressa de mais?

Quem sou eu? [parte 4 e FIM!]

O Vítor foi o meu primeiro cliente humano.
Foi também o primeiro a fazer outra coisa que não vem para aqui chamada.

A vida de um desempregado

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terça-feira, novembro 22, 2005

Crise existencial

Muitas vezes acontece-me ter por hábito fazer a coisa x.
Até que descubro que mais alguém também faz a coisa x.
Começo a pensar que só não deixei de fazer a coisa x porque esse alguém a faz.
E mais... se não a deixar de fazer, começo a sentir-me inconscientemente influenciado.
Mesmo que isso não seja verdade.
Sinto-me 3/4 melhor por ter partilhado este sentimento, mas o que eu queria mesmo era um emprego (de preferência daqueles que dão muito dinheiro, pouco trabalho e que não tenham a ver com carros, nem castanhas assadas).

Mãe Natureza

Haverá blogs para além da morte?

A minha história que nunca mais acaba [parte 3]

Num dos dias que sucedeu ao dia mais importante da minha vida, estava eu naquilo a que Vítor apelidou mais tarde de Cú de Judas, quando voltei a encontrar as mesmíssimas personagens.
Não há dúvida que tinham estado a comer a mesma feijoada de que eu me tentara alimentar. Feijoada essa que apresentava vestígios de carne e tudo!
Vai-se lá saber o porquê de se encontrarem naquele sítio, mas de certeza que não era devido às famosas descargas de produtos altamente biodegradáveis no solo dessa quase localidade.
Desta vez, estas personagens apresentavam-se aparentemente embriagadas e pediram-me boleia de volta para a civilização. Eu não liguei. No entanto desta vez, uma delas apresenta-se a mim como sendo Sir Arthur Mc.Aco, descendente do Barão Escocês Euan Aitcheson Mc.Aco.
Entretanto aparece uma lombriga que nos perguntou o caminho para casa. Eu disse-lhe que não conhecia a zona e ela respondeu que não devia ter provado as sopas de sarrabulho.
Mc.Aco parecia ser alguém com dinheiro, que efectivamente não precisava da minha boleia para nada. Mais tarde percebi mesmo que ele tinha um motorista privado, e com uma simples chamada telefónica podia sair dali. No entanto a outra persongem, Vítor voltou-me a pedir boleia, enquanto Mc.Aco se ria descontroladamente com a figura que um travesti fazia em cima de uma mesa de matraquilhos novinha em folha (talvez a única coisa nova que se encontrava naquele lugar). Além destes dois, estava presente Aníbal, esse escroto ambulante que gosta de pêssego em calda e tinha andado na tropa com Vítor. Mais tarde vim a saber que algo bizarro se terá passado entre eles quando andavam na guerra.
Algo que niguém sabe, nem soube, a não ser o avô já falecido de Vítor, três paciêntes suas de idade já avançada, Gilberto e Nunes (dois colegas deles da tropa, mortos em combate), a sua andorinha correio (e não pombo correio), as andorinhas filhas da andorinha correio, o pica-pau vizinho da andorinha correio, a namorada de Aníbal, a ex-namorada de Aníbal, a ex-ex-namorada de Aníbal, a prima da ex-ex-namorada de Aníbal, a sogra de um gajo que por acaso não estava ali de quem eu não me lembro do nome, a formiga Cecília que fora outrora chefe de formigueiro mas que agora se encontra no desemprego, um homem feito de chocolate, um bacalhau maricas que parecia uma galinha, um galinha preta cujo pescoço havia sido cortado há muito, um bando de 17 moscas que um dia passaram e ouviram a conversa (mas que também devem ter morrido, dado o tempo de vida de uma mosca), uma lebre esquizofrénica emigrante da Papua-Nova Guiné, uma vidente com um olho de vidro e ainda um girassol azul (pelo menos era isso que lhe chamavam).
Vítor queria mesmo aquela boleia. Era a penúltima hipótese que tinha para escapar à vergonha de entrar no carro privado de Mc.Aco e denotar um ar claramente ébrio...

(CONTINUA)

segunda-feira, novembro 21, 2005

Quem sou eu? [parte 2]

Um destes dias da minha vida (talvez o mais importante de todos eles, pelo menos até então!) estava a pensar o porquê do nome cardume para um conjunto de peixes quando conheci umas personagens que me olhavam de forma tão natural quanto a sua sede.
A verdade é que a bebida escasseava, e era essa a causa da sua enorme vontade para abandonar o local. Fui portanto abordado por elas que me pediram boleia para sair dali. Pedido esse que fingi não ouvir e simplesmente não liguei. Eles voltaram a pedir. Eu voltei a não ligar, e eles pediram outra vez. Eu fui embora.

domingo, novembro 20, 2005

Reinventar o Punk

Estava no outro dia a falar com Arthur Mc.Aco sobre a música de uma banda banda punk que era bastante parecida com outra música de uma outra banda punk. Não foi preciso muito tempo para começarmos a falar sobre muitas músicas (essencialmente punk) que são efectivamente muito parecidas ou iguais a outras já existentes.
A verdade é que o punk já foi todo inventado e não há mais nada a inventar. A não ser que façamos como a Avril Lavigne! ...mas não temos mamas :(
Com o desenrolar da conversa, Mc.Aco disse-me que tinha uma mama em casa, num armário. Mas isto infelizmente não chega, mesmo que Vítor até tenha um mamilo!
Nisto, e apesar de isso ajudar ainda menos, eu lembrei-me que tenho uma pila regular, daquelas que os homens têm, e no mesmo sítio e tudo onde os homens as têm. Encomendei-a da amazon.com: "regular dick - 15-16cm", mas também as podem encontrar no ebay em 2ª mão.
E foi por isto que me lembrei de alertar muitos de vós: Se estiverem a pensar em encomendar uma (através da amazon) não se deixem enganar pelo comprimento da regular dick. Fica bastante mais barato encomendar uma "small dick 13-14cm" e depois comprar uma, duas, três ou mesmo mais extensões, conforme a vossa vontade e/ou necessidade.

sábado, novembro 19, 2005

Olá. Quem sou eu?

Olá! Muitos perguntarão, que merda é esta? Quem é este gajo?
E é por isso, que antes do mais, eu me queria apresentar:
Eu sou um gajo desempregado que tinha um carro.

(CONTINUA)